segunda-feira, 24 de março de 2008

Preconceito com Homossexuais

Preconceito contra homossexuais.

Por que os homossexuais são os mais odiados dentre todas as minorias?Mais do que as minorias raciais, étnicas e de gênero, são gays, lésbicas,travestis e transexuais, as principais vítimas do preconceito ediscriminaçãodentro de nossa sociedade.Isso ocorre porque o amor entre pessoas do mesmo sexo foi secularmenteconsiderado crime hediondo, condenado como pecado abominável, escondidoatravés deum verdadeiro complô do silêncio, o que redundou na internalização dahomofobia por parte dos membros da sociedade global, a iniciar pelarepressão dentroda própria família, no interior das igrejas e da academia, inclusive dentrodos partidos políticos, das próprias entidades voltadas para a defesa dosdireitoshumanos e do poder governamental.
A homofobia internalizada devido àdiscriminação anti-homossexual contamina mesmo os principais interessados:gays, lésbicase travestis, que em sua maior parte vivem numa espécie de vácuo identitárioe sob o efeito perverso da alienação, com baixa auto-estima, e incapazes deaçõesafirmativas em defesa da homossexualidade.Antigamente, o sexo entre dois homens era considerado tão horroroso, que osréus deste crime hediondo deviam ser punidos com a pena de morte: a pedradasentre os antigos judeus, e até hoje nos países islâmicos fundamentalistas;decapitados, no tempo dos primeiros imperadores cristãos; enforcados ouafogadosna Idade Média; queimados pela Santa Inquisição; condenados à prisão comtrabalhos forçados no tempo de Oscar Wilde e na Alemanha nazista.Só em 1821 foi abolida a Inquisição Portuguesa e em 1823,por influênciamodernizaste do Código de Napoleão, a sodomia deixou de ser crime também noBrasil.Apesar de terem sido discriminalizados há quase dois séculos, gays, lésbicase travestis continuam sendo tratados como criminosos.
O recente infeliz comentário de Lula ridicularizando Pelotas como "pólo exportador de viados" reflete a homofobia generalizada denossos políticos,inclusive os de esquerda.
O Brasil é campeão mundial de crimes contra homossexuais.Em 2000, 130 gays foram assassinados no país. As estatísticas mostram quenos EUA, que têm cerca de 250 milhões de habitantes - 80 milhões a mais doque no Brasil -, cem pessoassão mortas por este motivo."A cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil", disse Luiz Mott,presidente do grupo gay da Bahia e professor da Universidade Federal daBahia.Com tanto ódio rondando as minorias, talvez seja necessário uma educaçãosexual, punições mais rigorosas e conscientização como forma de mudar essequadro e tirar o Brasil daprimeira posição no ranking de crimes contra homossexuais.A educação sexual pode ensinar as pessoas a respeitar minorias sexuais, e ajustiça deveria ser mais severa na apuração e punição.

Preconceito Cultural

Definição de Preconceito Cultural
Preconceito cultural é uma conduta que vem se disseminando entre as mais diversas camadas sociais. Consiste na discriminação de uma pessoa pela sua origem ou mesmo por associações pejorativas e, na aceitação, por parte de outros, de uma visão deturpada de determinada cultura.
Por constituir-se num grave problema, o preconceito cultural vem sendo abordado como crime. Nesse sentido, tem-se como exemplo o deputado Maurício Rabelo, que objetiva combater esse tipo de preconceito: “Para erradicar o preconceito cultural existente no país, o parlamentar propôs uma mudança no Código Penal, incluindo como passível de punição qualquer discriminação envolvendo a cultura ou os valores culturais.”


Preconceito Cultural no Brasil
Não é preciso ir tão longe para encontrar quadros de preconceito cultural. Apesar de nós, brasileiros, sermos considerados uma nação pobre, sem identidade, comportamento duvidoso, é possível encontrar pessoas que têm conceitos errados em relação aos seus semelhantes aqui mesmo, no Brasil.
Temos como exemplo a errônea idéia que se faz de um gaúcho, a associação que se faz da preguiça com o baiano, ou da “burrice” com o goiano, também temos a visão primitiva e subdesenvolvida que se tem da região norte, dentre outros.
É fato que o povo Brasileiro não tem uma boa representação no exterior. Normalmente, quando se ouve falar em Brasil, está relacionado a mulatas, samba, Rio de Janeiro (“pontos positivos”), ou a violência, assalto, esperteza, ignorância, subdesenvolvimento (“pontos negativos”). Tais características fazem dos brasileiros alvos do preconceito cultural.
Infelizmente, deparamo-nos com um povo que não se conhece e que, portanto, não tem como passar uma imagem positiva a outros países, nem reclamar o reconhecimento de suas qualidades.


“Limpeza étnica” na Iugoslávia: um caso de preconceito cultural
Na antiga Iugoslávia, algo chama muito a atenção, lá está localizado o Centro de Descontaminação Cultural (CDC), fundado em Belgrado, no ano de 1994. Este Centro tem como objetivo combater os efeitos nocivos do governo do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic. A instituição desenvolve um forte trabalho contra a xenofobia, a intolerância, o ódio entre as nações.
Então surge uma dúvida: Qual o motivo da criação de um centro de descontaminação? Para quem não sabe, a Iugoslávia era, até a fragmentação de sua extensão territorial, um verdadeiro caldeirão étnico, abrigando nações que se odiavam. Sabe-se que a principal razão para os conflitos era a questão territorial, entretanto, os ataques a Kosovo e a Bósnia, pretextando uma “limpeza étnica”, demonstrando uma postura de preconceito cultural, como relata uma das fundadoras do CDC, Borka Pavcevic: “A guerra era também uma conseqüência da contaminação feita pelas palavras, pela propaganda, por entrevistas, fotografias, preconceitos, mitos, pela falsa interpretação ou re-interpretação da história, por emoções étnicas e religiosas com objetivos políticos a fim de destruir e separar as pessoas de acordo com a etnia. As razões residem no preconceito cultural e no discurso sobre cultura ‘limpa’ no período de formação dos novos Estados e da devastação da ex-Iugoslávia.”


Discussão: Preconceito Cultural X Etnocentrismo
Qual a diferença entre etnocentrismo e preconceito cultural? Certamente não é uma dúvida comum, entretanto, vale à pena discutir.
As principais diferenças então nos seguintes aspectos: o preconceito, de um modo geral, é a formação de uma idéia pré-concebida sobre algo desconhecido, que se torna fixa, portanto, ter preconceito com a cultura e os valores de certo grupo social é acreditar nos mitos que o envolvem. Já o etnocentrismo está mais ligado a supervalorização da própria cultua, em detrimento da cultura alheia, usando o próprio padrão de valores, para analisar os outros.

Preconceito Religioso
Há tempos o Cristianismo deixou de refletir-se apenas na Igreja Católica. E nos últimos anos percebemos um considerável aumento no número de templos das mais diversas religiões, porém manifestando a fé de diferentes formas e acompanhadas de uma diversificada gama de interpretação para um Profeta em comum: Jesus de Nazaré.
De acordo com a Constituição Federal, em seu artigo 5.º, inciso VI - “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” No entanto o que se percebe em muitas religiões é uma espécie de rifa da fé e super promoção do pedacinho do céu. Tal como uma feira-livre, onde cada pastor, padre ou missionário grita mais alto que o outro para vender seu “produto”. As discordâncias de crenças deixaram de direcionar as discussões à apenas culturas religiosas diferentes do Cristianismo, como exemplo do Budismo, Umbanda, Candomblé e Orixá, de origem africana, para entrar também numa nova contenda, mesmo que sadia, mas agora sobre uma crença em comum, porém de pontos de vista diferentes. Grupo fechado Mas parece que quando os microfones da imprensa são ligados para estas se manifestarem, algumas se calam, ou por medo da responsabilidade em assumir sua própria doutrina ou por receio de falar besteiras. Parece que algumas religiões, por um motivo ou por outro, tendem a passar a palavra de Cristo, ou mesmo a sua própria palavra, à apenas seus fieis, visto o fato de que algumas igrejas usaram de todas as artimanhas para não conceder entrevista à imprensa, a exemplo de uma determinada igreja, a qual foi procurada pela redação do jornal. Porém, Graças a Deus outras religiões não pensam assim e concordaram em dar entrevistas e até acharam importante a nossa iniciativa em elucidar, com total transparência, seus verdadeiros objetivos. É expressivo o aumento da Religião Evangélica e do número de fiéis. Isso acontece pela busca do povo em ter suas necessidades atendidas, não que isso não seja feito em outras religiões, porém às vezes as pessoas buscam uma forma diferente de conhecer a palavra de Deus.
Em referência ao preconceito,um pastor informou que ainda há um pouco de preconceito por parte da sociedade, porém esse é menor que antigamente. “Um problema também é que, em como todas as religiões, sempre pode haver alguém que se aproveite das causas religiosas para enganar os fiéis em busca de causas próprias, como, por exemplo, dinheiro e poder”, diz o pastor.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Pobreza é outra situação igualmente respeitável. É como se para entendê-la, fosse necessário deixar o estômago vazio para se experimentar uma amostra grátis do sofrimento habitual do pobre: a fome. Acaba sendo como que uma legitimação: não se poder discutir a pobreza de barriga cheia. Há pessoas que, pelo próprio histórico de vida são legitimadas a discutir o pobre e suas questões. Como se tivessem um passaporte social que permitisse o discurso. Ou saíram de um meio social efetivamente pobre, ou doutoraram-se em pobreza, passando a ter uma sensibilidade especial com o carente.
Tudo isso passa por uma discussão de respeito ou de desrespeito, podendo fazer a questão chegar à discriminação. Pessoas não-pobres falam da pobreza sem lágrimas nos olhos, sem estar de joelhos, sem respeito, sem carinho. Sem um sentimento de revolta que deveria minimalizar todo o discurso. Sem um luto social que acompanhou, por exemplo, toda a produção de Betinho, o pai maior de todos os preocupados com as questões da miséria brasileira. Certa vez, questionado se sua campanha contra a fome não era uma gota d'água no oceano, Betinho respondeu com uma história: uma floresta pegava fogo, todos os animais fugiam, menos um beija-flor que ia no rio buscar uma gota d'água, no bico, para pingar no incêndio, quando outros bichos lhe perguntaram se aquilo não era ineficaz, respondendo o passarinho que pelo menos fazia a sua parte para apagar o fogo.
Se a pobreza tivesse que ser inventada, enquanto tema de estudo, poderia se proteger com códigos secretos, só acessíveis aos engajados, verdadeiramente, com a questão social. Assim, grande parte dos Poderes Legislativos, por exemplo, ia ficar deliciosamente desempregada. Ia ser a vingança da natureza, das gentes, a vingança divina contra uma horda uníssona de aproveitadores. Podia não resolver a pobreza, mas a vida ia ser mais honesta.

Preconceito contra gordinhos(as)...

Por que as pessoas tem tanto preconceito contra os gordinhos(as)???
Tudo bem que alguém estúpido inventou que a beleza está na magreza em excesso ou nos músculos saltitantes(no caso dos homens),mas por que então a sociedade tem tanto preconceito a ponto de negar por exemplo uma vaga de emprego,só por que são gordinhos(as)?Por que isso?

O direito de ser gordo..

Rechonchudos brasileiros organizam movimentospolíticos nos moldes dos americanos para garantirrespeito e combater o preconceito contra quilos a mais Muita gente já sentiu na na pele, no corpo e na mente o peso do preconceito contra os gordos.

Devemos cobrar das autoridades a execução de leis que são pouco usuais, como as que permitem que as pessoas mais gordas entrem nos ônibus pela porta da frente, evitando a catraca e o constrangimento. A lei vigora em cidades como Porto Alegre, Santos e São Paulo.

Enquanto nos Estados Unidos os gordos exibem um enorme poder político, no Brasil, começa a se articular para brigar pelo direito de serem como são, em todas as suas dimensões volumosas, como nas imagens do pintor colombiano Fernando Botero. “Ninguém quer contratar um gordo. Acham que eles são preguiçosos, lentos e sem força de vontade.”
Precisamos de advogados para as vítimas desse tipo de preconceito.As pesoas obesas deveriam se reunir e ressuscitar a auto-estima uns dos outros distribuindo mensagens de auto-aceitação e a enfrentando a exposição pública, combater a onda de dietas, oportunistas e perigosas.Centralizamos a atenção no gordinho e tiramos a atenção dos outros. Temos medo do diferente e usamos o gordo par lhes atirar pedras, como se fazia com a Geni na música do Chico.

Precisamos apoiar a luta dos obesos por melhores condições de vida que vai dos hospitais aos assentos de automóveis e aviões. E por que não criar bonecas gordinhas assim como se criaram as negras?
Todo preconceito nasce da falta de conhecimento!!!

Preconceito com mulheres, e loiras!

Quem de nós não ouviu, muitas vezes estoicamente, uma coleção de piadinhas sobre loiras burras? Qual internauta nunca recebeu e-mails sobre loiras, sobre burras que, antes de serem uma coisa e outra são mulheres?Sabe como um homem faz para tirar dinheiro no caixa rápido com um cartão? Sabe como faz uma mulher? Cá, cá, cá... e todos os presentes, tão inteligentes quanto a loira burra, caem na gargalhada ao ouvir a explicação de como ela pára o carro, procura o cartão na bolsa, etc., etc. Sabe aquela da loira que... e nova seção de risadaria de homens e – incrível! – de mulheres. Aqueles preconceituosos e estas, coniventes, sem respeito a si mesmas, sejam loiras ou morenas, tingidas ou naturais.Sabe que mulher não fica velha, fica loira? Cá, cá, cá... E lá se vai outra seção de risos que bem mereceria ser denunciada a quem quer que seja encarregado de cumprir a lei contra o preconceito – se é que se tem a lucidez de considerar o preconceito contra mulheres, loiras, burras e velhas como preconceito.

Talvez não esteja previsto na lei... É tão espantoso que coisas como essas aconteçam, em especial no meio de pessoas consideradas educadas e razoavelmente esclarecidas, que uma explicação simplista não conseguiria abranger o fenômeno, a um tempo social, cultural, psicológico, mas, certamente, passível de uma responsabilização pessoal da parte de quem o propaga.
Preconceito contra o outro e – pior! – contra si mesmo!Falta-nos o amor! Falta-nos o amor! Porque além de tudo isso, a infelicidade de ser mulher, velha, loira e, portanto, burra, tudo isso desaparece como um sopro quando esta loira e velha tem a sorte de ser rica ou influente. Tudo se resolve como num passe de mágica. O raciocínio se reverte: se é loira, logo é burra. Porém, se é loira e rica, logo é a inteligência personificada. Se é velha e tem rugas, logo é feia. No entanto, se é velha, enrugada como ninguém, e rica, meu Deus, é a beleza mais acabada. Pode até ser mulher, não será ameaça, a não ser que o dinheiro dela ameace o meu!Falta-nos o amor! Falta-nos o amor! O mesmo homem que, quando menino, sangrou com um murro o nariz do colega que xingou sua mãe é o adulto de hoje que, não tendo encontrado o caminho do amor, desrespeita a mulher, merecendo – embora não receba – o mesmo tratamento que deu ao colega na infância.Loira, burra, velha, enrugada, gorda, feia, pobre e, ainda por cima, mulher. Triste sina a de quem nascer assim no Brasil! Tirando a inteligência, que não conhecemos, e as rugas – esticadas, talvez, pelo plástico que a matou – tivemos, há pouco, uma maria-do-carmo morta, esquartejada e jogada em sacos plásticos para lixo. Não sabemos se era como lixo que se sentia, caso tivesse preconceito contra si mesma. Podemos imaginar, porém, que pelo menos a lixo a mente doentia do plástico a reduziu bem antes de matá-la. Ele, enfermo, fez materialmente o que o preconceito é capaz de fazer intelectual e espiritualmente. Diante disso, as piadas e e-mails são só um sintoma, só a pontinha do iceberg.Falta-nos o amor!

Racismo...


É muito comum, em qualquer lugar, ouvirmos comentários do tipo "aquele neguinho ali" ; "Ah! Só podia ser negro!" ou ate "A cor da pessoa"... Por quê tanto preconceito com os negros? O que eles fizeram para seram taxados inferiores?

Imaginem-se vivendo em um mundo onde todos são da mesma cor, todos com os mesmos traços no rosto, todos tendo os mesmos pensamentos...
Seria bom?

Então ja está mais que na hora de todos colocarem na cabeça que o que torna algo belo e especial são as diferenças!!

Pense nisso!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

“Down. A pior síndrome é a do preconceito.”


Em meio a avalanche de propagandas, muitas com conteúdo enganoso, para se dizer o mínimo, gostaria hoje de compartilhar uma boa notícia. O comercial de conscientização sobre a Síndrome de Down, criado para o grupo de pais Espaço XXI, acaba de ganhar um Leão de Bronze, no Festival Internacional do Filme Publicitário, em Cannes, na França. O comercial mostra dois meninos num carrossel, lado a lado, enquanto o texto evidencia como o preconceito se deixa trair pela imagem. O filme termina com os dizeres: “Milhares de crianças no Brasil precisam da sua ajuda. Os portadores da Síndrome de Down só precisam do seu respeito” e “Down. A pior síndrome é a do preconceito”. O objetivo do grupo de pais Espaço XXI, com a campanha, é combater a imagem negativa das pessoas com Síndrome de Down, ainda consideradas socialmente indesejadas e incapazes, apesar dos enormes progressos alcançados nos últimos 20 anos. A Síndrome de Down é a deficiência mental de ocorrência mais frequente (1 a cada 600 nascimentos). É considerada um acidente genético, passível de acontecer a qualquer casal e não apenas a mães com idade avançada. Ponto para a trama da novela da Globo em que uma menina com Down é rejeitada em escolas comuns. Uma denúncia realmente oportuna. E tentemos imaginar uma criança com a síndrome de Down como… filho ou filha nossa. Que tratamento e atitude gostaríamos que a sociedade desse a ele ou a ela?

Quais os tipos de preconceito?



Como o nome já diz é o pré-conceito,ou seja, uma opinião formada antes de se ter os conhecimentos adequados. Há inúmeros tipos de preconceito, mas abaixo estão os principais:


→ Preconceito à outra cor - É denominado de racismo e existe principalmente em relação à negros. No Brasil, surgiu com a escravidão e é muito presente até hoje, apesar de a escravidão ter sido abolida em 1888. Há também o racismo contra brancos, amarelos, vermelhos, pardos etc...


→ Preconceito contra loiras- Quem nunca ouviu uma piadinha sobre loiras burras?


→ Preconceito à outra religião - Hoje em dia, o maior exemplo deste preconceito são os conflitos no Oriente Médio. A luta entre judeus e islâmicos custa dezenas de vidas diariamente. Grupos extremistas no Iraque matam inocentes cruelmente somente porque são de outra religião.


→ Preconceito contra as mulheres - É denominado de machismo e existe por causa do antigo papel das mulheres como dona de casa. O machismo gera muita mágoa porque vários homens não reconhecem a capacidade das mulheres de fazerem algo diferente à costurar e cozinhar.


→ Preconceito quanto a classe social - Ricos discriminam pessoas de baixa classe social, com famosas frases do tipo ,,Isso é coisa de pobre..", ou vice-versa.


→ Preconceito contra pessoas de outra orientação sexual - Homossexuais e bisexuais são muito agredidos moralmente e até fisicamente só por não serem "iguais". É uma triste realidade, tanto que vários escondem sua preferência sexual.


→ Preconceito contra pessoas de outra nacionalidade - A maioria dos brasileiros critica os norte-americanos, apesar de estar sempre os imitando. Brasileiros sofrem de preconceito em outros países, assim como muitos estrangeiros são discriminados no Brasil. Precisamos aprender que nem todo português é burro e nem todo brasileiro é malandro.




MARTINA LAUKANT EHRENBERG MÜLLER - Colégio Visconde de Porto Seguro

domingo, 16 de março de 2008

Lei Maria da Penha
Mulheres vítimas de violência têm novo dispositivo para punição dos agressores
DANIELE RICCI
Fonte: www. gazetadepiracicaba.com.br
A lei Maria da Penha, criada há dez dias pelo Governo Federal para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, não deixa dúvida de que poderá contribuir para a diminuição dos registros desses tipos de ocorrência, tornando ultrapassado o velho ditado de que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Porém, em Piracicaba, há controvérsias sobre se a queda desse índice de registros de agressão será gerada pela diminuição real da violência ou pelo medo das mulheres em denunciá-la. O cumprimento da lei na cidade também passa pela necessidade de uma estrutura adequada para o atendimento feminino, como a criação de um abrigo para as vítimas da violência doméstica, mas um projeto de lei que cria uma Secretaria de Defesa da Cidadania e um departamento de proteção à mulher, já tramita na Câmara Municipal de Vereadores e deverá ser votado na próxima semana.A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba, chega a receber mais registros durante os meses de férias, geralmente no verão e, principalmente às segundas-feiras ou pós-feriados. Nos últimos dois meses (junho e julho), foram registradas 209 denúncias de lesão corporal, 184 de ameaças e 75 de ofensas verbais contra mulheres. Outro dado preocupante e que envolve as maiores vítimas desses tipos de agressão - as crianças, que em geral vivenciam caladas o sofrimento da violência doméstica -, é que 70% delas serão, no futuro, vítimas ou praticantes da mesma violência. Um círculo vicioso que precisa ser quebrado, na opinião da delegada titular da DDM, Eliana Rodrigues Carmona, com educação nas escolas, desde a infância. Na última terça-feira (15), a adolescente Elisa (nome fictício), de 15 anos, engrossou as estatísticas do mês de agosto, embora nunca tivesse vivenciado o problema em sua casa. Grávida do namorado, um rapaz desempregado de 20 anos, ela passou toda a gravidez na casa dos pais e quando seu bebê completou três meses de vida, ela foi morar com o pai da criança. As discussões entre o casal, que vive com a família dele, tornaram-se constantes no último mês e, ao ameaçar abandoná-lo, na tarde de terça-feira, Elisa foi atingida por ele com um soco no rosto. "Ele sempre foi nervoso, costumava brigar na escola e se orgulhava de contar essas coisas", comentou a adolescente. Assustada com a violência contra a filha, a dona de casa Aparecida, 38 anos, também mãe de dois rapazes, disse acreditar que a lei Maria da Penha seja uma defesa eficiente para as mulheres que apanham e não têm como se defender por serem mais fracas. "Nunca vi isso em minha casa, sempre cuidei dessa menina e apesar de ser a primeira vez que isso acontece, resolvemos registrar BO (boletim de ocorrência) porque a gente fica com medo do que isso pode virar", desabafou a mãe.Pela nova lei, que altera o Código Penal Brasileiro e torna mais rigorosas as punições, os agressores podem ser presos em flagrante ou ter a prisão preventiva decretada; a detenção máxima aumenta de um para três anos, sem possibilidade de penas alternativas, como pagamento de multas, cestas básicas e serviços comunitários. Prevê ainda medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida e dos filhos, que podem ser encaminhados a abrigos seguros, até que ela consiga reaver seus bens. Para a delegada Eliana Carmona, que há 18 anos atua nesse organismo, a lei serve não apenas para proteger a mulher, mas para conscientizá-la sobre sua responsabilidade ao denunciar uma agressão. "Antes a mulher registrava o BO, depois voltava para retirar a queixa e o fato persistia. Tenho mulheres que já registraram mais de 20 boletins em um ano, mas sempre voltam para renunciar do registro." Esse tipo de atitude representa 40% em termos de desistências de queixas nas delegacias, o que aumenta a sensação de impunidade do agressor. Agora, a mulher só poderá desistir da denúncia em audiência com o juiz. O delegado Francisco Osvaldo Martins Hoppe, titular do 3º distrito policial de Piracicaba e que geralmente responde pela DDM na ausência da delegada Eliana Carmona, a maioria das mulheres que desiste da denúncia é por dependerem financeiramente do agressor. "Muitas são donas de casa e não têm alternativa, por isso vão agüentando. A maioria das que fazem o BO são mulheres de baixa renda. As agressões também ocorrem com mulheres de classe média e alta, mas essas, que em geral têm mais condições de se manter, separam-se mas não registram queixa para evitar exposição."A retirada do processo, na opinião de Hoppe, ocorre também depois que o agressor é chamado a conversar com o delegado. "A mulher sente-se mais segura, afirma que quer só uma conversa para 'mudar ele', com a intenção ilusória de que isso irá salvar sua relação", comenta o delegado. "Acho que a lei vem para coibir essas condutas, mas não solucioná-las, porque o cerne da situação é o problema social, que reduz a esperança de uma vida melhor, afetando a relação conjugal e desencadeando as agressões", afirma Hoppe.Ele refere-se a fatores sociais como alcoolismo e desemprego, que levam os homens a "descontar" nas mulheres suas frustrações. O alcoolismo é um dos principais motivos das discussões e da justificativa do fato das agressões ocorrerem principalmente após os dias em que os homens permanecem mais tempo em casa durante o dia. Mas ciúmes, machismo e personalidade agressiva nata também fazem parte do perfil dos agressores.A delegada Eliana acredita que, sendo penalmente responsável pela atitude violenta, o agressor pensará duas vezes antes de praticar o crime. "Cada caso será analisado e se a vítima manifestar seu desejo de ser protegida, o caso será encaminhado ao Poder Judiciário, que terá 48 horas para tomar as medidas", disse. "Esse processo constará nos antecedentes criminais do agressor, que deixa de ser réu primário. A partir do momento que a Justiça passar a autuar efetivamente em flagrante, acredito que inibirá a conduta de outros agressores."DispositivosA lei Maria da Penha cria mecanismos para punição dos agressores, mas na opinião da delegada titular da DDM local, caberá à União, Estados e municípios atuarem em parceria para combater a violência, oferecendo, inclusive, atendimento ao agressor. O ideal, para ela, é a criação de uma equipe multidisciplinar que dê respaldo à agredida e às crianças. "É fundamental a existência de um centro de apoio que auxilie a mulher no processo da denúncia, com amparo psicológico a ela e aos filhos, auxílio em questões de trabalho, habitação e saúde. Hoje, a cidade oferece atendimento à mulher, mas não há nada específico à mulher vítima da violência. Essa lei deveria ser matéria nas escolas, uma questão que precisa ser tratada de forma educativa e preventiva, para impor respeito, para que as crianças de hoje consigam entender que violência é crime. A parte policial dos casos é de repressão e não de educação", ressaltou a delegada.As DDMs, segundo ela, em geral não têm estrutura material e humana suficientes para atender à essa nova demanda de prisões exigida pela lei, uma vez que implica em aumento no número de flagrantes e inquéritos policiais. "Só com a aplicação efetiva da lei vamos saber como vai ser realmente, ter noção do benefício que ela trará para a mulher."NomenclaturaA lei 11.340/ 2006 recebeu o nome de Maria da Penha em homenagem à biofarmacêutica cearense Maria da Penha Fernandes. Agredida pelo marido durante seis anos, ela ficou paraplégica depois de levar um tiro pelas costas, provocado por ele, em 1983. A segunda tentativa do agressor de matá-la foi por eletrocução e afogamento. Penha, que hoje é dependente de uma cadeira de rodas, escreveu um livro sobre sua história intitulado "Sobrevivi, posso contar". Seu marido só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.

PRECONCEITO (Fr.Francisco van der Poel ofm, 2005)


Forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência. Estas atitudes vem acompanhadas por teorias justificativas. O racismo e o etnocentrismo defendem e praticam a superioridade de povos e raças.
Alguns preconceitos étnicos: “Todo cigano é ladrão.” "O judeu é perverso": v. Anti-semitismo. "Os índios em geral são improdutivos e preguiçosos"; "Todo negro é adepto de feitiçaria". Outros preconceitos: a mulher no volante e o velho vagaroso são ridicularizados e acabam excluídos. Há patrões que defendem: "A todo operário falta a inteligência”. O pobre que "nada tem" (não contribui financeiramente, não compra, não paga imposto) e "nada sabe", é marginalizado na sociedade. Não vendo a sua participação valorizada, ausenta-se. Em seguida, os pobres são acusados de apatia, preguiça, ingenuidade e de fuga nas festas. Finalmente lembramos aqui os preconceitos moralistas contra o corpo nu, contra a dança, a umbigada. E o preconceito contra a magia.
O preconceito pode ser motivado pelo medo. Falta a coragem de ir conhecer um terreiro do candomblé, de visitar um doente com aids. O medo da lepra tem uma história milenar.

Há uma espécie de preconceito espontâneo em relação a tudo que é diferente ou desconhecido. É preciso "des-preconceituar", na igreja oficial, a maneira de ver a religião do povo, mesmo aquilo que pareça estranho ou esquisito ao "modus vivendi" oficial. Na igreja oficial, ainda encontramos cientistas, padres e outros que impõem seu modo de pensar e sentir como norma a todos. Riem dos “outros” ou ficam com dó. E isso atrapalha o processo da inculturação. É preciso entender a manifestação religiosa popular em sua gênese, em suas razões, em seus mecanismos de resistência. A religiosidade popular é a vida e a religião dos pobres e não pode ser reduzida à raridade, ao pitoresco, ao curioso, ao folclórico.
Em 1953, num festival internacional de folclore, em Nice na França, o papa Pio XII advertiu os presentes quanto ao perturbado conceito do folclore considerado por muitos mera sobrevivência dos tempos passados, “digna sem dúvida de ser posta em evidência em ocasiões excepcionais, mas sem grande interesse para a vida de hoje. (...) O fato de esta idéia se encontrar bastante espalhada denuncia uma das mais lamentáveis conseqüências do século presente”.[1]
A ciência teológica ainda não dispõe de uma linguagem conceitual capaz de abordar, com segurança e sem preconceito, assuntos como: os antepassados e as almas, as simpatias, o transe, a adivinhação, a tradição oral, a revelação divina nas matas ou nas águas, a folia, a dança ritual, as promessas e os ex-votos, a experiência religiosa do negro e do índio, a lavagem do Bonfim.
Há os que entendem a religiosidade popular como "a religião dos que só entram na igreja carregados: no batismo, na primeira comunhão, no casamento e no enterro". Outros afirmam: "O povo tem religiosidade, mas não tem uma fé comprometida". Há quem diga: "A religiosidade popular é uma religião cega que não tem nada de bom para dar ao povo a não ser superstições". Outro preconceito seríssimo ouvido na semana santa: “O povo tem fé no Senhor Morto e não acredita na ressurreição”. Além disso, a religiosidade popular seria “milagreiro”, “pietista”, “conformista”, "individualista".
É um erro achar que a religiosidade, o folclore e toda a cultura popular não devem mudar e que precisam ser protegidas e conservadas em seu estado original e puro. Pensando bem, a cultura do pobre é sua vida. A cultura e a religiosidade popular são dinâmicas e mudam constantemente. O protagonista da mudança é o próprio povo livre, consciente e resistente.
Mais sobre o assunto: MOURA, Clóvis. O Preconceito de Cor na Literatura de Cordel. São Paulo, Resenha Universitária, 1975; SANTOS, Olga de Jesus, e VIANNA, Marilena. O Negro na Literatura de Cordel. Rio de Janeiro, Fundação Casa de Rui Barbosa, 1989. p.2_________________Apud: NEVES, Guilherme Santos. “Pio XII e o Folclore”. In: Folclore. (Órgão da Com.Espirito Santense de Folclore). Julho‘58-Junho’59. p.3.